O Risco Cirúrgico Cardiovascular consiste em consulta clínica e exames complementares realizados antes de que o paciente se submeta a uma cirurgia eletiva (não emergencial). Essa avaliação tem por objetivo identificar potenciais doenças ou particularidades que o paciente possa ser portador e que possam prejudicar e aumentar os riscos de sua cirurgia.
A partir da avaliação pré-operatória, o médico é capaz de predizer quais os riscos que o paciente correrá na cirurgia, e mais que isso, identificar formas de reduzir esses riscos.
Para isso o médico poderá utilizar medicamentos, sugerir alterações no procedimento cirúrgico, indicar cuidados pós-operatórios específicos e orientar como deve ser feito o manejo (suspensão, alteração ou manutenção) das medicações que o paciente já utiliza.
Raramente, a cirurgia pode ser contraindicada. Em certos casos mais específicos, a participação de especialistas de diferentes áreas pode ser necessária.
Em relação as complicações cardíacas durante uma cirurgia, pode acontecer quadros de descompensação de insuficiência cardíaca, infarto, arritmias e até mesmo morte súbita.
Os pacientes de maior risco são os que já tiveram infarto ou AVC (derrame), portadores de insuficiência cardíaca ou obstrução nos vasos do coração (coronariopatas), os diabéticos e os portadores de doença renal crônica.
Pacientes idosos, obesos, com doenças pulmonares ou do fígado tem risco maior de complicações não cardíacas. Os riscos dependem também do porte (“tamanho”) da cirurgia. Mesmo os pacientes de maior risco para essas e outras complicações podem ter esse risco significativamente reduzido com uma adequada avaliação e preparo pré-operatórios.
Não existe uma bateria de exames para todos os pacientes. Em alguns casos, poucos ou nenhum exame será necessário e em outros, uma propedêutica profunda pode ser indicada.Cada caso é um caso e por isso, é importante consultar em médico capacitado para realização da avaliação pré-operatória.
Dr. Diego Nascimento Moraes – Cardiologista da Blues.
